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segunda-feira, 28 de junho de 2010

ÁRVORES SÃO MÃES !...


Gosto muito de tudo o que escreve Antonio Contente...
QUANDO MORRE UMA ÁRVORE
by Antonio Contente



"... A quem, neste instante, atingem as saudades, além de a mim ? Com certeza à luz e às brisas das tardes, que não mais tem seus galhos para a composição do cenário propício à postura da sagração dos silêncios.
Certamente, também aos passarinhos, principalmente um bem-te-ví intimamente apelidado O Infalível.
Sofrerão com as saudades, as manhãs, acostumadas a depositar os primeiros raios de sol, vindos dos lados do Jardim das Paineiras, sobre as pequenas folhas embebidas de verde, orvalho, intimidade e bailarinos movimentos.(...)
(...)Perguntei então ao amigo:
- Mas não havia mesmo jeito de salvá-la ?
-Olha - respondeu - é mais fácil salvar almas do que salvar símbolos. (...)
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COMENTÁRIO DA DENISE:
Há um ano, mais ou menos, caminhando com meu marido na Lagoa do Taquaral, ví no canteiro do meio da Av. Heitor Penteado, uma muda que parecia ser de uma árvore, dentro de uma lata, jogada no meio de um arbusto e praticamente morta. Alguém não a quis e deixou-a lá, como fazem com os pobres cães, quando decidem que não os querem mais.
Não tive dúvidas: peguei a muda e levei pra casa.
Como estava prestes a mudar para Barão, tirei a mudinha da lata e coloquei-a num vaso um pouco maior. Queria plantá-la no chão.
O tempo passou, cuidei dela e ela recuperou suas forças, mas ainda permaneceu tímida e medrosa. Ao chegar na casa nova, nós a plantamos no canteiro, junto com as outras plantas.
Pois bem, voltando um pouco atrás no tempo, eu andava louca pra saber o nome de uma árvore muito graciosa e que possui folhas delicadas e brancas como a neve. E esta árvore me conquistou por sua beleza branca, assemelhando-se a uma árvore coberta de neve.
Muito bem, quando passava em minhas caminhadas, por uma casa que tinha esta árvore, parei e perguntei aos donos da casa qual era seu nome.
O nome da árvore, como não poderia ser diferente, é "Neve da Montanha".


Enquanto isso, aquela mudinha de árvore que socorremos do Taquaral ía crescendo. Meu marido e eu olhávamos pra ela e tentávamos descobrir que árvore era... e nada, não chegávamos a conclusão nenhuma.
De repente, a arvorezinha, que ainda é uma garotinha, começou a dar umas florzinhas bem pequenas e brancas, nas pontas dos delicados galhos.
Mas, nós nem nos demos conta !



HOJE, durante uma caminhada, passamos por uma e não resisti: fui perto dela e disse a meu marido que iria pegar um galho e perguntar na Floricultura daqui de Barão, se o nome era mesmo "Neve da Montanha".
Foi aí que nós dois percebemos que, a arvorezinha que salvamos lá no Taquaral e que já está plantada em nossa casa de Barão e florindo timidamente é ELA !
A NEVE DA MONTANHA !!
Não imaginam como fiquei feliz da vida !! A vida não é deliciosamente surpreendente ?
Antonio, meu amigo, nesta ninguém vai mexer, esteja certo disso.
Seu texto deixou-me muito triste, mas logo depois que o lí e fui caminhar, pude perceber que, ainda há esperança !!
Afinal, ela é a última que morre, não é ?
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POEMA DE UMA AMIGA:


Árvores geram flores,
geram frutos!

Testemunham fatos,
enfeitam o mundo.




Dão-nos abrigo
quando é preciso!

Escondem fadas
e muitos ninhos
são fontes de vida
em nossos caminhos.



BY Rogoldoni
28 10 2010
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Um comentário:

  1. Árvores geram flores,
    geram frutos!

    Testemunham fatos,
    enfeitam o mundo.

    Dão-nos abrigo
    quando é preciso!

    Escondem fadas
    e muitos ninhos
    são fontes de vida
    em nossos caminhos.

    Rogoldoni

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