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sábado, 8 de outubro de 2011

HISTÓRIA DOS TULLIO 6



OUTUBRO TEM HALLOWEEN
 HISTÓRIA DOS PRIMEIROS ANOS DA ORQUESTRA RESGATA MEMÓRIA DOS FUNDADORES


PUBLICAÇÃO DO JORNAL ‘ROTEIRO’, DE 16 DE JULHO DE 2001

“Poucas são as cidades brasileiras que podem se orgulhar de ter uma orquestra sinfônica.
Campinas pode se considerar duplamente especial, pelo menos no que tange à musicalidade.
Primeiro por ser o berço do maestro Carlos Gomes e segundo por ter sua Orquestra Sinfônica Municipal.
Desde 1929, quando alguns elementos da Banda Ítalo-Brasileira decidiram formar a Sociedade Sinfônica Campineira, a cidade viu nascer não só um grupo de apaixonados pela música erudita, mas um verdadeiro “exército” de músicos que cruzaram décadas divulgando seu trabalho, não só dentro da cidade, mas por todo o país.
 A matriarca Julieta di Tullio

Os fundadores da atual Orquestra Sinfônica de Campinas são o maestro Mário de Tullio, Reinaldo Prestes, Mário Castrese e Salvador Bove.
A primeira diretoria da orquestra contou com Jorge Whitemann, como presidente e com o maestro Salvador Bove como vice-presidente.
Em seu conselho, outros nomes contribuíram com a orquestra nascente, como João de Tullio, Catharina Ingleze Soares e Sylvino de Godoy.
Imigrados da Banda Ítalo-Brasileira, que existe ainda hoje, sob o nome de Banda Carlos Gomes, esses músicos agregaran forças com outros profissionais e somente nesta primeira fase, sob a direção do maestro Salvador Bove, foram executados 157 concertos dentro e fora de Campinas, especialmente nas cidades de Jundiaí, Piracicaba, Limeira, Campos do Jordão, Franca e Tatuí.
A segunda fase da orquestra, liderada pelo maestro Luiz de Tullio, foi a que mais impulso tomou, não só pelo trabalho excepcional do maestro amado por seus músicos e exemplo de profissional e de ser humano, mas também pelas alianças com outros grupos musicais da cidade.
Foi nesta fase que a orquestra teve a colaboração do coral da Universidade Católica de Campinas, por meio de seu maestro Oswaldo Urban (então diretor da Universidade).
 O coral era composto por 50 artistas de Campinas e 10 de São Paulo.
O apoio da Universidade Católica, por meio de seu fundador e primeiro reitor, Monsenhor Emílio José Sallin, foi mais que inestimável, mas sim vital à existência da orquestra.
 Foi o reitor que amparou os musicistas, fundando em 1963 a Orquestra Sinfônica Universitária, resultante da fusão da antigos componentes da Sociedade Sinfônica Campineira e os músicos formados por João di Tullio, que receberam da Universidade toda a organização, o corpo de músicos, os instrumentos e a memória musical.
Só em 1966, quase trinta anos depois de sua fundação, é que a Prefeitura oficializou a Orquestra Sinfônica como Municipal, por meio do decreto 2.840, de 31 de agosto de 1966, integrando-a à Secretaria de Educação e Cultura e dando inteiro apoio ao trabalho dos músicos.
 Importante lembrar que a Orquestra Sinfônica Municipal marcou a memória artística da cidade, apresentando-se em diversos clubes sociais nas décadas de 60 e 70.
Em toda sua história, grandes músicos contribuíram para o sucesso como Emundo Vosgrau, maestro Armando Belardi, e a pianista Eliane Godoy.

MEMÓRIAS

A família Tullio em Campinas ainda guarda as recordações dos primeiros anos da Orquestra Sinfônica Municipal.
Álbuns de recortes de jornal, programas executados pela orquestra e dezenas de fotos compõem o arquivo deste grupo de artistas que até hoje garantem alegria e cultura à cidade.
Pudera ! Pelo menos três de seus componentes se dedicaram à história da orquestra.
O resgate desses primeiros anos da Orquestra Sinfônica Municipal, para a família Tullio e amigos é fundamental para a história da cidade.
Mercedes Tullio lembra com saudade as apresentações da orquestra no extinto Teatro Municipal e guarda com carinho todo o arquivo que, segundo ela, poderia estar num museu da cidade."

A UNIÃO FAZ A FORÇA

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